domingo, 25 de abril de 2010

Uma noite qualquer, num instante em que você quer estar feliz


Se fosse uma verdadeira crueldade
Não incomodaria tanto
E querer se vingar agora
É um capricho estúpido e mesquinho

Quantos já cantaram o amor e a amizade?
Às vezes, farsas, pactos de mediocridades
"Eu lhe aceito, você me aceita"
Muitas máscaras para encobrir grandes defeitos
O lítio, o prozac recheiam aqueles grandes amores falsos
Um ponta pé na cara e um sorriso de contemplação
E seu corpo ali cansado
E você ali delirando
Sem a permissão da sua mãe
E alguém ali do seu lado ainda espera que você diga:
"Tudo bem, você é genial, mesmo dentro do banheiro, esfregando a cara no espelho"
E se isso não acontece:
"Oh, sinto muito, tchau"
Nada mais previsível que esta miserável união
Alguém querendo que você diga: "tudo certo, tudo bem"
Mas, se não...
Se você fica ali delirando sem a permissão da sua mãe...
...você já não convem
Mas, querer se vingar agora é uma capricho estúpido e mesquinho

Porque não, não
Não é verdadeiro e cruel
Vai matando lentamente
Aos que vão trabalhar cedo
São as pequenas dores
São as pequenas dores
...e no outro dia, a ligação é para você
...e você aceita o convite para sair
Mas você sabe, não deveria ir
Mas talvez você já não consiga dizer não às pequenas dores

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