domingo, 25 de abril de 2010

Em caso de incêndio, deixe queimar!
































"O que fazer em caso de incêndio" é uma comédia anarco-existencial que brinca com o destino da juventude do final dos anos 1980. O cenário é uma Alemanha ainda com o muro de Berlim, quando jovens ocupavam casas abandonadas e ali produziam música, filmes, ação direta contra o sistema e muita intensidade em suas relações de vida.
Mas o tempo passa ... e até mesmo aquele que antes bradava com um mega-fone contra a polícia, agora vocifera em sua empresa de publicidade que "ama o seu carro, o seu telefone celular, a sua cobertura", enquanto veste uma camiseta declarando seu amor a Bill Gates - o que é para um jovem que já foi anarquista uma brasflemia.
Centrado na vida de seis jovens que, há doze anos, colocaram uma bomba em uma mansão e que só após esse período é acidentalmente detonada, o enredo nos instiga a pensar: passamos incólumes pelo nossos passados?
Agora, apesar de alguns deles renegarem a vida pregressa de atuação anarquista, são forçados a se reencontrarem para traçar um plano que os proteja da polícia. As diferenças são evidentes e os diálogos são os mais hilários.
O momento indica "agora, a guerra não é entre ricos e pobres, mas entre vencedores e pobres diabos que não se venderam". O que você faria com o seu passado anarquista lhe batendo à porta?

Título: "O QUE FAZER EM CASO DE INCÊNDIO" (What to do in case of fire?")
Dir.: Gregor Schnitzler
Roteiro: Stefan Dahnert e Anne Wild
Elenco: Til Schweiger; Martin Feifel; Sebastian Blomberg; Nadja Uhl; Mathias Matschke; Doris Schretzmayer e Kalus Löwitsch
Alemanha, 2002, 100min.
SINOPSE:
Quando uma bomba colocada há 12 anos em uma mansão abandonada na cidade de Berlim explode, todas as evidências levam a um grupo anarquista que existiu no final dos anos 1980. Enquanto a polícia investiga, os ex-rebeldes se reúnem pela primeira vez depois de 12 anos para idealizar um plano que os proteja. Mas as faíscas começam a se espalhar quando as pessoas do grupo tem que conciliar ideais da juventude com a vida que levam atualmente, além de terem que lidar com as relações pessoais que tinham naquela época.

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