quarta-feira, 25 de maio de 2011

aos imbecis e o medo do humano demasiadamente humano

cai chuva sobre a cidade sol. meu corpo já escorreu pelo asfalto. sobrevivo aos que só admitem prantos em novelão mexicano. não consigo esconder tragédias. você e suas comédias. você e sua prosódia. não acompanha descompassos desrazões. suas tolas canções rimadas. suas velhas motivações quadradas. suas emoções baratas, suas liquidações

sexta-feira, 13 de maio de 2011

gigante enfant terrible

de mim?
o meu súor?
o meu fígado?
o meu súor?
o meu discernimento?
o que criar para além da minha alienação?
além dessa bolha-tempo?
blindagem de emoções
onde campos de sobrevivência eclipsam novos prazeres
um agir máquina que transforma meu tum tum tum de peito
em tic tic tic nervoso
paralisia
afasia
hipertrofia
palavra sim
palavra não
amoeodeioaminhaqueda
meu gigante enfant terrible
alimento disparates
dos meu fins
incorporações desse descorpo
escaleta sem contorno
do espaço vil entre você e o mundo
entre você e o mundo
há um entre que não é seu nem do mundo
e disso?
um salto
um passo
(ah, queda boa de se dar quando as escolhas são tecidas no desconhecido... mas todas as escolhas são tecidas do desconhecido)
o tempo faz seu trabalho não parar
moeda de troca
fígado
moeda e toda sorte de exaustão
mas você reinventa glórias e cartões de ponto
transforma em arco-íris seu código de barra
e continua acreditando
eis sua glória e seu fracasso