sexta-feira, 24 de abril de 2009

DORES AMENDOIM

antes do vinho acabar, a noite já jorrava espumantes de velocidade. E nem eu sabia que existia além dali idéias a pulular em camas elásticas princípios carnosos cavernosos dessas tintas que mancham papéis para sempre sem ao menos pedir permissão para amenizar dores. ora vejo que francisco não era santo e que morreu na lemos brito, e depois consagrou a sua ida nos redutos facínoras de homicídios de jovens - as nossas BR´s. a cruzar brasis, pois não imagino a solidão no singular. nação que acolhe em marquises meninos meninas vendendo as suas próprias dores e amendoim. se pra quem compra é puro prazer atrás de postos de gasolina e venda de passarinhos silvestres, e venda de droga. vem o kit completo. tráfico de droga de menin@s de animais. degradação ambiental é isso aí.

terça-feira, 21 de abril de 2009

MAIS, AINDA

- MAIS!

- AINDA!

- LÁ!

- ´CAN!

- AÍ, MINHA MÃE PERGUNTOU: A ESSA HORA, VOCÊS JÁ ESTÃO BEBENDO?

- NÃO, NÓS AINDA ESTAMOS BEBENDO! HÁHÁHÁ.


E ainda tem gente que me acha mau humarada. Eu sei ri de mim mesma.

CANTIGA DE AMIGO ANTI-HERÓI

Vem meu amigo, anti-herói, o clarão lá na frente é só um incêndio nesta cidade da última parada do trem. Aqui saltaremos, sem nada nos bolsos, sem nada nas mãos, sem nada no coração. O dia já está perto de amanhecer, quem sabe, encontraremos uma casa velha abandonada para repousar um pouco, só um pouco, pois eu sei que o dia já vai amanhecer nesse aí que logo logo nos encontraremos. Hei amigo, daqui é melhor, eu sei que agora eu finjo confundir as gotas da chuva com as suas lágrimas só porque um dia prometemos um pro outro que íamos aguentar forte. Mas, porra, já jogomos tudo isso fora, e o dia já está quase engolindo tudo, e lá na frente há uma clarão que assusta mas é só um incêndio nesta cidade da última parada do trem. Estamos tão soltos e os nossos sorrisos são tão leves que até parece que por aqui não tem gravidade, que nada mais tem gravidade. Não, não, não espere a poeira que remói o vento agora o teu rosto rebater. Agora, nada, só mesmo uma casa velha abandonada pro dia amanhecer.

O que faz daquele que caiu tão genial e essencialmente superior aos demais é saber que não existe nada de divino nem substancial, fundamental no humano, o homem são caixas vazias dentro de caixas vazias dentro caixas vazias...

E, ainda temos um cigarro, fósforos e um pouco de água será tudo ... serão nossos últimos pedidos, vendo daqui a cidade ruir...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

CORTINA DE FUMAÇA

JAMES DEAN




Faço aniversário dia 11 de abril; 11, duas torres, 11, a impossibilidade de escolher, ou 1 ou 1, é decisivo, como os efeitos de um ataque terrorista. E eu tenho que seguir. E, nessa nova idade, o invasãodoazul tá com a foto do perfil nova. Para o desespero dos não fumantes, este espaço aceita fumaça. Só de pirraça. Só pra reafirmar um pouquinho as políticas de liberdade ao corpo. Só pra atiçar os que atravessam as velhinhas, mas depois passam álcool gel nas mãos.
Proibi-se e transgride-se. É isso? Ou seria a tentativa da introdução da proposta de novos paradigmas ao sentido do prazer? Talvez. Mas, o que vejo com bastante clareza é um sistema proibitivo se arregimentar tentando fazer do indivíduo um babaca criador de bichinhos domésticos. Chega a soar como um macarthismo, um purismo, proibir o fumante em lugares públicos. Fumo, não faço disso uma prática diária, e não estou aqui legislando em causa própria. E que fosse, seria legítimo (sic). A questão que pergunto é: o que estão oferecendo - o poder público e a sociedade civil - ao fumante em troca da possibilidade de sair e fumar? Ah, tá! Então, entende-se que o fumante é um pária, um cidadão que deve ter seus direitos civis cassados e que deve cumprir pena em cárcere privado?! Porque, deixemos de miopia, um sujeito, que fuma uma, duas ... carteiras de cigarros por dia, que é dependente químico, tabagista como dizem, dificilmente vai sair de casa sem "aquela coisa que contém quase 5 mil subtâncias nocivas". Vamos proibir ou vamos tratar o fumante? O que deve começar primeiro? E quem vem primeiro é a semente, e não, a planta.