Vou destruir a minha dor sem me lembrar de você
A volta pra casa é fria
E meus filhos estão por toda parte
O vento sopra sentimentos desencontros e desencantos
Qual o melhor lugar para falar de amor
Para se expor, para apelar?
Vou querer estar só
Quando a ceia for posta
Não comentarei o sabor nem o prato
A dor provoca o silêncio
A solidão é silêncio
O louco dá a cara
O médico dá a mão
O monstro e sua bengala
O que será daqui pra frente
Quando um filho nasce morto
Quando um filho nasce torto?
O seu rosto deve ganhar a escuridão
Como um Quasímodo bem comportado e dócil
A espera da hora exata das migalhas que agora é o seu pão ?
Não terei Notredame para me refugiar...
Quem saberá o meu nome quando eu for livre?
Quem saberá o seu?
Março 2000
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