domingo, 16 de novembro de 2008

A PERMANÊNCIA NO JOGO

Seu sangue branco escorre pelas narinas. Evidencia certa realidade de potência, mas não lhe dá paz. O genuíno sangue talvez já não exista. A mão pela testa, pelo suor - sua força liberada. Vontade depositada entre o movimento e a inércia. Passa pela sua cabeça que a paz é um porto morto e parado. E que o contrário está em alto mar. Os olhos por mapas nas paredes. Tenta ver a medida entre pontos distintos e não opostos. Talvez um falso equilíbrio distante. Delirante?

Reconsidera suas mãos ao acaso. Retira-se da estrada que lhe é fatal. O caminho induzido é o não-ser. E agora não existe alegrias nem tristezas. Só algumas idades, cálculos, a métrica do passo. A contradança. A PERMANÊNCIA NO JOGO.




gardenia dultra, 2003.

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