terça-feira, 21 de outubro de 2008

Amplitude da Cela

Minha garganta panela de pressão.
Derrete palavras e emoções nunca bem processadas.
Minha garganta bichinhos de Amelie Poulin.
E algumas outras bobagens
Chama todos esses bichanos de rua e esses meninos de gozo rápido
E emoções nunca bem processadas assim
Com suas cabeças de panelas de pressão
Saio machucada, e hoje é uma terça quase segunda, onde torpores devem retrair-se
E a solidão, toooooooooooooooda, deve ganhar a amplitude da cela, do céu
Porque eis que o homem achou de bem dizer a solidão
Achou de pô-la no altar dos sentimentos nobres
E eu só quero vulgarizar dores, amores também,
Até pô-los à venda, comprá-los ainda mais
E me render à mercadoria que todos sempre fomos
Sem mágoas, se culpas

2 comentários:

Arkham disse...

Minha cabeça panela de pressão.

Meu corpo fonte de aflição.

Minha alma cadeia de tensão.


meus amores / dores / ódios / vergonhas / revoltas / indignações / remorsos

são todos os sentimentos a mesma massa explosiva

TENHO O CORAÇÃO CHEIO DE NAPALM.

Quero morrer.

Quero matar.

Quero mudar.

Invasão do Azul disse...

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