sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Zele por mim, oh barco ébrio

"Ah, Bahia, Bahia que não me sai do pensamento".
Bahia, que não me sai do pensamento com seus enormes pequenos tormentos.
Cartões postais, e Pelourinhos,
E pedras irregulares que tantos negros sangraram para por nos seus devidos lugares
E hoje, pedras nos cachimbos de meninos também negros querendo um lugar
Um lugar não sei se tão devido assim
Pedras ainda vão rolar nas cabeças dos negros desse lugar
Bahia que não me sai do pensamento
As fitas desse Bonfim, "Oh zelem por mim"
Agora, algemam meu punhos numa alegria já mortificada
Eu já não sou desse lugar que não me sai do pensamento
Navio atracado na baía
Zele por mim Baudelaire

Um comentário:

Devasso Alves disse...

"As fitas do Bonfim algemam meu pulsos"


FODA!

Porradão na falsa alegria.

Poesia Punk Porrad

Genial, brilhante, contundente como uma porrda de cassetete nos miolos turvos de crack de 99, 999% dos baianos / brasileiros / latrinos com sorriso idiota na cara.

Que teimam em dizer que vivem no paraíso.

Sub-vivendo na latrina a céu aberto.

Morrendo a cada dia e cada noite.

Tão ignorantes da própria ignorância...


ABRA OS OLHOS DELES, SENHORA DULTRA.

Memso que tenhamos que arrancar-lhes as pálpebras.