terça-feira, 22 de abril de 2008

AUTÔMATOS

já ouvi "todas essas coisas tem a força de um inferno"
e continuo com um assombro Lispector
prossigo pasma que nem a GH diante da barata
bem antes de mim elas já estavam aí – o caldo da vida a perfurar crateras e sucumbir gente
enquanto máquinas, furadeiras, motosserras
preparam seus exércitos de homens húmus
desejos de automação para construir vidas, infernos
e essas coisas que não param e talvez nunca vão parar
sempre no canto o traçado da geometria
vai vazar, vai sangrar e são nas bordas onde as pessoas vão estar
forçando contagens regressivas vinganças
e nêmeses estelares brilhando e acenando frenéticas
meu próximo passo será o teu passado
a perfeição é genética da alegoria do controle
o controle é o desespero de quem ordena, o desespero é a
máxima certeza do erro

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