sexta-feira, 29 de junho de 2007

Eufemismos para o Brasil

Essa overdose de informação que agora dispomos é geradora de muitas tensões e sofrimento. Como escolher o que ler, o que ouvir, o que gostar? Transformando informação em conhecimento... às vezes, penso que se trata apenas de quimeras daquelas cartas de intenção de parâmetros curriculares. "Ah, vamos promover o planejamento participativo dos aprendentes".
E lá se vão mais diretrizes a serem seguidas.

É engraçado como agora as coisas passam a ser outras coisas apenas pela troca de seus nomes. Aluno virou aprendente, professor, agora é facilitador, trabalhador, peão mesmo, agora é colaborador. Só o que ainda não mudou o nome foi o dinheiro, que mesmo tendo suas inúmeras variantes - cartão de crédito, investimento - continua sendo dinheiro, money, dim dim, grana, bufunfa, ....

Incentivar que os países pobres passassem a ter uma rotulagem mais atraente, gerou uma mudança de fato?

O Brasil passou a ser "emergente". É, pode ser mesmo, mais que nunca suas mazelas estão emergindo. Pelo menos podemos nos confortar em saber que a guerra civil em que sempre vivemos saiu do anonimato, passou a ser declarada, ganhou as manchetes. Agora já podemos em nos distrair tentando inventar um grande eufemismo para ela, nós, colaboradores.

Eu continuo às voltas tentando escolher direito o que ler, o que ouvir, o que pensar

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

Anônimo disse...

tb penso assim, essa bobageira toda de nominhos mais "limpos", menos chocantes. É a síndrome do light.

Anônimo disse...

EXATO: a merda emerge. fede cada vez mais. sempre mais. o Brasil é um cadáver natimorto, condenado a ficar sempre mais podre. como disse Paulo Francis, a América Latrina é uma entropi: vai da barbárie a decadência sem nunca ter tido um apogeu. país de bosta mesmo. ese povo é só cocô.