terça-feira, 5 de abril de 2011

dos verbos que escolheu pra si

fantasmas desde sempre corpo lâmina repousa no grande sono da eternidade atualizando antigas dores inconscientes que levam pra longe seus ecos palavras gastas por anos tentando sanar pequenos males com seus grandes estragos você copia a si mesma numa obra de arte de segunda classe nesses dias desbotados - de concreto e aço ossos e ofício homens lata praga de corações derrotados, sem sonhos: cansados acostumados a abandonar filhos soprados por sombras de gigantes culpas olha só o que lhe restou nessas ruas de emoções desertas vias paralelas de olhares míopes embaçam esboços de horizontes onde os fragmentos do seu corpo antecipam a sua presença e a sua queda harpas, hércules retrocessos de verão vertentes de verdades perversas dessas que matam pelo silêncio dessas que separam mãe e filho dessas que eternizam o gosto amargo na boca e se disseminam mais rápido que rede de boataria mais fácil que o ácido insuportável efeito da desonra é assim o veredito dos verbos que escolheu para si

2 comentários:

Anônimo disse...

E seguimos, trilhando novos caminhos, novos sonhos e anseios nascem no peito, não esquecemos aquilo que nos trouxe até aqui, mas vivemos com a eterna certeza de que o novo sempre vem..


*Mayana Ribeiro

Mayana .R. disse...

NÃ ACEITA!


Eu disse..a demora de ver e responder é sua! rsrs..

Adorei o último comentário..
Você é sempre bela em tudo aquilo que escrevi.


Parabéns novamente!