segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

a amplidão do som na escuridão noturna
tantos mundos, e você aí, esperando aparar corações
na verticalidade da minha vertigem me precipito em imagem
radicalizo emoções
binóculo do teu espelho na lentidão da minha maneira de criar a ti - soy loco por
maravilhas, café e pão ao meu jeito de possibilitar dimensões
em tempo de chegar e partir
como a primavera e o verão
como o amanhecer e as asas da coruja
como as limitações do agora
e as promessas de futuro

serei breve
a ponto de sacrificar paladares
a ponto de me deixar sumir
a ponto de
o dedo em riste com seus imperativos
sempre querendo interferir em mapas colados em papéis : PAREDE
não tentarei enfins
cansada de tantos bastas ao pensamento
os meus rios querem marear
cantos, cantos, o meu laralará
o meu lá
lar onde cultivo impossibilidades
corpos
extensões
cronos
desejos de vir - a defesa da alma às máquinas de morte
corte de prazer
laboratório de alquimias perversas
estátuas
gesso de eras por tiranos
teus sonhos precisam viver

2 comentários:

Ian Calmon disse...

Intrigante...
Profundo...
Me remeteu à um passado não tão distante, no qual eu não lutava contra meus eus.
Me inspirou, vou digitar mais um pouco de meu livro. :)

Anônimo disse...

Que hajam possibilidades e que nasçam os momentos para que os sonhos possam ganhar vida e sairem dos travesseiros, para que ganhem asas, deixe-os voar debandados pelas janelas, sem que se possa conter, sem que possa haver empedimentos para os sentimentos que são livres por sí e intensos por existir.
E deixe que misurem-se os sentidos, sinta o gosto das cores e o aroma dos ventos, ame, espere, viva e deixe acontecer o que vier até você, o que desejar fazer parte das suas descobertas, dos seus caminhos, deixe que cruzem-se as estradas, entre as flores e os espinhos. Entre os olhares suspeitos, as palavras felizmente espontâneas que saltam entre lábios e o encanto inevitável que surge dos olhos que seguem teus passos, até desaparecerem, esvairsem entre os eternos corredores...


M.R