terça-feira, 6 de maio de 2008

A TRAGÉDIA É UMA TELEVISÃO DE PLASMA

Dias anos bandeiras
e não era o tempo e o vento pois que o tempo era o vento
corpo espaço tremular de ares e redemoinhos
foi-se, um imperativo
forte, substantivo abstrato
gramáticas são línguas torpes
verdades sinônimos de quimeras
e a tragédia é uma televisão de plasma
nesses segundos por trás de um dia
uma segurança de aviões de pau brasil e barco a velas

Um comentário:

Ultraviolet disse...

Eu diria que a televisão é uma tragédia de plasma. É plasticamente mais poético, esteticamente mais fluido.

Mas tudo bem. Concordo.

Simulacros modernos do cotidiano são sempre simulações de vidas perfeitas, como uma bela boca de lábios fortes e trêmulos escondendo um sorriso podre sem dentes.

Você escreve bem.

Continue firme na estrada.