domingo, 16 de outubro de 2011

projeto minoru yamasaki: 107 dentes acima da sua cabeça

... na sua b.o.c.a, o gosto das cinzas, da acetona, do ar que lhe faltou. comprimido que estava ao passar em r.u.a.s com seu turismo errante t.a.l como um encantador de naja, como uma nadja de andré breton, o acaso objetivo, o ocaso subjetivo de suas artérias multívagas e vozes saindo por equalizadores distorcidos, como pães que foram acariciados por diabos incapazes de ouvir uma dor sem dar uma risada de escárnio. (atenção, todos os carros, a.t.e.n.ç.ã.o, todos os carros) a sua cara cuspida encarnada em mármores de carrara qual o édipo torto que fica no jardim que vai para proferir suas palavras tortas, seus desejos obscuros e as coisas que não sabe e sabe também e esses botões que aperta tentando grafar ao menos alguma coisa precisa e aliviar sensações estranhas com objetos intransitivos. (peguem as câmeras fotográficas, peguem suas digitais). mas vieram as cinzas na boca no ar e milhares de papeis voando desde o último andar do projeto minoru yamasaki 107 dentes acima da sua cabeça, cheiro de carne queimada também dá a entender que depois da rosa de hiroshima estaria junto com as crianças no zoológico de quimeras deformadas em formol de fetos e não possuíam membros externos mas que os primeiros a se formar seriam botões de olhos assustados para atestar a sua condição de fugitivo das águas termais amnióticas. (close, close na próxima tragédia) as fogueiras hippies foram todas queimadas, assim decidiu floresta adentrar para reabastecer a lenha do fogo do princípio das suas invenções e quando viu era uma nuvem de répteis pré-históricos agarrados a seu pescoço e seu irmão lhe confidenciando pesadelos de arames farpados e genitálias castradas e que as crianças agora desmanchavam o sorriso em semblantes refletidos em doces dores de estimação. no horizonte algodões doces gelatinosos cristalizados em expressões que lhe doíam a garganta, e sua perplexidade diante da confusão que causava ao explicitar aflições quando nas mesas brasileiras só esperavam além do pão um pouquinho mais de piada ...

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