sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

República de Bananas, câncer e outros venenos.

A vida é realmente um paradoxo. As pessoas costumam dizer: "fulano desenvolveu um câncer", tratanto do que a psicanálise chama de formar sintoma, ou seja, o que não é manifesto, o corpo recalca e volta como sintoma, o câncer seria isso. O inusitado é quando fulano ou beltrano já com um câncer em fase adiantada, a pessoas, a mídia principalmente, costumam dizer "fulano luta contra um câncer". O raciocínio é engraçado (!) - temos o "trabalho" de desenvolver um câncer por anos e depois lutamos contra o que produzimos. Porca miséria! Por isso que o tiozinho existencialista lá dizia - "o ser humano está fadado à liberdade". Fazemos, depois pagamos, sempre.

Na primeira segunda de 2011 um amigo de infância morreu em acidente de avião, tá bom, não era lá um aviãããooo, era um teco teco que servia para jogar agratóxico em bananais no norte de Santa Catarina. O sonho dele era ser comandante de bordo, não conseguiu, teve que sobrevoar a República da Banana jogando veneno - morreu do próprio sonho. Binho, herói ou iludido?

Por falar em veneno, o Big Brother Brasil começou. Deveria se chamar Big Brother Babilonia, tamanho é o exagero sexual. Fiquei vendo o perfil de cada um: modelos, dançarinas, loiras e mulatas profissionais, tem até um baiano que faz jus a todos os estereótipos que nos dão, ou seja, o cara é um daqueles típicos macacos de auditório, falador, sabe "quebrar" a cintura e é, digamos assim, um sujeito simpático e cordial. São esse os tipos da voga.

E eu fico cá pensando: como andam lá os nossos professores? O MEC agora tá fazendo uma propaganda para incentivar as pessoas a se tornarem mestres. Hum, tamanho é o nosso prestígio.

Ao atravessarmos a rua temos apenas dois lados. Cuidado, sempre.

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