sexta-feira, 14 de janeiro de 2011


O filme Cyrus dos irmãos Jay e Mark Duplass (2010, EUA) é tão singelo quanto belo e de um humor radicalmente sutil. Jonh (Jonh C. Reilly) é uma escritor free lancer que se separou da mulher e leva uma vida morna. Em uma festa que ele foi a pedido da ex, o desiludido Jonh, depois de uns drinques a mais, empolga-se com uma música e faz aquele velho papel do bebum - chamar a uma platéia refratária para dançar, mesmo sendo rechaçado e ridicularizado por todos. Jonh faz piruetas, mas ninguém parece se compadecer com o espetáculo dado por ele, exceto Molly (Marisa Tomei). Mesmo desajeitado, com uma cara inconfundível de perdedor, Jonh tem lá seu charme identificado por Molly. Os dois passam a ter um romance, mas Molly já tem um homem em sua vida - Cyrus (Jonah Hill), seu filho, um adolescente infatilizado que alega sofrer de constantes crises noturnas de pânico. Jonh vai descubrir que boa parte das crises de Cyrus são tentativas desesperadas de trazer a mãe com exclusividade para junto de si.


O filme oscila entre o trágico e o cômico. Trata das tentativas desesperadas do sexo masculino de conquistar as mulheres - mães, parceiras, amantes. No fundo, os homens são como crianças pedindo a atenção de uma mulher.


Jonh e Cyrus que o digam.

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