segunda-feira, 3 de março de 2008

Mais do mesmo

Quando lateja, lateja forte. Todo latejar é forte, o que torna a expressão anterior uma redundância, mas uma redundância necessária. Todos os atos que necessitam de uma repetição são uma redundância. E a drogadição é mais uma. Um cara que conheci por aí tinha o costume de dizer que as pessoas fazem abstinência da droga para usá-la, mas que ele usava para abster-se. Faz sentido. Mas parece somente a alteração dos fatores, o que faz do raciocínio dele um silogismo bobo.

A relação de abstinência não é a melhor resposta a dar à drogadição, pois dessa forma nunca deixa-se de ter uma relação especular com algo que vem devastador. E devastador nesse caso é a vontade, o desejo. O pior problema com as drogas é continuar desejando-as. O problema está na economia do desejo. A droga promete e cumpre: intensidade. Morte e vida em doses imediatas. Respostas imediatas. Distanciamento imediato.

E que o essa ritualística da drogadição tem que o transcorrer "natural" da vida não tem? Ou melhor, o que precisamos abandonar quando nos abandonamos no entorpecimento das drogas?

2 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

"likeable"... que piada. só podia ser gringo otário.

no meu caso, o que llateja é a primeira dor absurda da minha vida; o aviso definitivo do fim. sem nenhuma razão, explode a pontada de dor aguda no meio da canela direita, abaixo do joelho operado.

a natureza é merda mesmo. até o corpo que me deram é uma bosta caindo aos pedaços na casa dos 30.