quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

DO CHICO, O GURI






ILUSTRAÇÃO: GARDENIA DULTRA



DO CHICO, O GURI



Cheguei na quebradeira, de zueira.



Cheguei de sangue nervoso, calor pavoroso dos trópicos distópicos sem essa de alto astral.



O verso rápido, o ritmo pesado, mas pode ser lento.



Sou aquilo que você sonhou nunca mais ver.



Olhaí, olhaí. Aquilo que você sonhou nunca mais ver.



Os trópicos distópicos, fervura, chapa quente, mais de 40 graus.



O que tá na tua cara, mas só Levi Straus é quem te escancara.



A tua anti-tupy-europa, teu espelho, teu mal.



Vou na suingueira, de zueira, quebradeira.



De requebrado, escrachado.



Sem bandeira, de zueira, o teu reflexo, o teu mal.
Sem bandeira, o teu reflexo, o teu mal.

Um comentário:

Apoena disse...

Você exala poesia pelos poros...
Adoro a sua forma de verbalizar os pensamentos.
Um beijo existencial.