quarta-feira, 4 de julho de 2007

CLARIS





O Porquê de eu estar escrevendo sobre "A Paixão Segundo GH"

Descobri tardiamente Clarice Lispector, confesso, mas ainda a tempo. Não que eu sofresse com o estorvo de não gostar de ler, é que a minha adolescência foi tomada demais pelos "clássicos", é assim que os militantes chamam as leituras nem sempre divertidas de Marx, Engels, Lênin, Trotski, Rosa de Luxemburgo, ... Dessa época agradeço ter conhecido Maiakovski, a excelente reportagem de Jonh Red em "Dez Dias que Abalaram o Mundo", e a grata surpresa de saber que Trotski era muito mais intelectual que militante.

Bom, a descoberta séria de Claris (é assim que passo a chamá-la) deve-se à psiquiatra e psicanalista Denise Stefan. Sim, foi através da sua dissertação de mestrado que pude ver CL sob uma outra ótica, antes ela era pra mim apenas uma escritora de quem se falavam muito (e eu estava "ocupadíssima" com os clássicos).


Mas os meus escritos são pura literatura, é só catarse. Acredito que a Paixão Segundo GH não seja um livro que quando se acabe de ler, é só fechá-lo e volta-se à normalidade. Não. Por isso eu não quis escrever sobre "A Paixão Segundo GH" eu TIVE que escrever, foi imperativo, me invadiu. Além, do mais sou de Claris uma navegante de primeira viagem. E como quase todos pertecentes a essa categoria, não raro são tomados de certo deslumbramento (ou encantamento?)
Bom, é isso.

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