
poesia, futurismo, melancolia, psicanálise selvagem, automatismo psíquico, pulsão de amorte, blue note, rebeldia, paraísos artificiais, placebos verbais, iconoclastia, doença de escritor, plenos pulmões, utopias, distopias, desobediência civil, ruídos, dissenso, ser e estar, sim e não, clímax anti-clímax, xerox do aquário, bibelôs lunáticos, esquema chet baker, teimosia, arrogância, simplicidade, panfletos, nihilismo, omissões
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
ponto de fuga
O corpo brilhava com suas vísceras saudando pontas de lâminas. Tão caudaloso era o rio e suas torrentes de sangue. Estarei longe, mas atenta aos seus desatinos. Patética em frente da TV, alimento olhos sedentos de tragédias. O corpo negado. Nada além. O massacre do agora, tudo agora, e os sonhos não fazem mais sentido, pois no futuro não há sentido. As máculas dos anos devem ser devidamente maquiadas, meu amor, negamos todo dia os efeitos do tempo. Alimentando de exageros as máquinas que nos fazem morrer. AGORA, AGORA, AGORA. Nem um tempo a mais para saudarmos outras dores, nem um tempo a mais para divertimos outros corpos além dos nossos, além da dor. Agora, o menino já cresceu. Agora, a fila anda e tudo te atropela. Agora, estarei pronta para as minhas frustrações. Agora, não há mais trigo para o devir. Sorrio sedenta por um ponto de fuga.
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