
poesia, futurismo, melancolia, psicanálise selvagem, automatismo psíquico, pulsão de amorte, blue note, rebeldia, paraísos artificiais, placebos verbais, iconoclastia, doença de escritor, plenos pulmões, utopias, distopias, desobediência civil, ruídos, dissenso, ser e estar, sim e não, clímax anti-clímax, xerox do aquário, bibelôs lunáticos, esquema chet baker, teimosia, arrogância, simplicidade, panfletos, nihilismo, omissões
domingo, 5 de junho de 2011
muitas vezes ainda maniqueísta
Essa histeria tecnológica me incomoda. Sim, já não temos mais silêncio, desejosos ávidos pelas novidades do vale do silício. Continuo comprando informação, sempre, muita, ato contínuo, e cada mais e mais em minhas reflexões solitárias. Ah, dizem por aí que só vejo o lado negativo da vida! Mais quá! Como se os lados fossem coisas apartadas de si mesmas - se são lados, sempre são vários. E, sempre, alguns, é claro, me veem assim, de um lado só, na minha imagem analógica do negativo e do positivo. Ah, vida breve! E essa exigência da complacência e da disposição para o engodo e o riso do sorriso do gato de Alice. Escondo no ardor do meu estômago as minhas falsas lágrimas. Escondo sempre, e dos lados, sempre destacam um para me classificarem de alguma coisa, pois a única coisa que exijo é não ser apenas um papel, uma função, uma tipificação do sujeito contemporâneo produtivo, bem informado, extremamente conectado, mas enfim, muitas vezes ainda maniqueísta.
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