
poesia, futurismo, melancolia, psicanálise selvagem, automatismo psíquico, pulsão de amorte, blue note, rebeldia, paraísos artificiais, placebos verbais, iconoclastia, doença de escritor, plenos pulmões, utopias, distopias, desobediência civil, ruídos, dissenso, ser e estar, sim e não, clímax anti-clímax, xerox do aquário, bibelôs lunáticos, esquema chet baker, teimosia, arrogância, simplicidade, panfletos, nihilismo, omissões
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Casas populares
Todas as casas iguais e moradores com um lance de solidariedade dos que nada tem, suprindo a necessidade um do outro. Casas pequenas, chamam-se biongo, na gíria da galera: portas de ferro, venezianas de ferro e vidros psicodélicos para serem pagas a tempo perdido ao governo, que oficializa a homogeneização pela denominação "moradias populares". Poucos estão satisfeitos em morar por aqui e a juventude é sem trabalho e com muita doideira todo dia: cachaça, maconha, crack, rap e reggae. De boné, à noite, vem de montão no point da esquina. Muito grilo cantando e a fumaça subindo. Muito louco saqueando casa fechada pra comprar os lances que eles precisam "na hora". Já sabe, né? Vida de maluco não tem parada certa, e isso aqui só funciona na cabeça do governo, pra um objetivo bastante imediato: acalmar os ânimos. O tempo segue em frente e eu já vejo no passado o futuro de poucas possibilidades. Talvez São Paulo, talvez Salvador, talvez. E outras moradias populares...
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