

O nosso Cidadão Kane foi-se. E com uma cara esfingíca, suas últimas palavras foram: "E pra que tudo isso?". Eu arrisco a solucionar - Rosebud.
A história apunhalou um tigrão cruelmente, devolvendo-lhe todos os seus bilhetinhos com pequenos e grandes pedidos, cobrando com juros despotismos e vaidades. Deu adeus no ascetismos branco do hospital, longe do calor da política. Ali, onde quase nunca se pensa numa história, mas num rim, num fígado, num pulmão, num corpo repartido, retalhado. Na mão de algum tecno-tirano.
Foi-se, não como o filho, no auge, mas ali, num crepúsculo, vendo o fim não apenas de sua própria vida, mas de seu modelo, do seu estilo, e o que mais lhe doeu, sem ter a chance de chegar para o natural herdeiro e professar: "Filho, um dia isso tudo vai ser seu."
Agora, nas esquinas o exercício da "praga com cerveja" deverá achar um novo algoz, nessa nossa lógica do "Senhor e do Escravo".
Um tempo mais escorregadio se instala- escravos e senhores não aceitam a reconhecerem-se como tais.
Era tão mais fácil o tempo em que achávamos as soluções lendo a Arte da Guerra de Sun Tzu
Agora, Rosebud...